RH e Modernização Administrativa

 

 

A governação de um território não é um projeto unipessoal. Antes, assenta numa equipa alargada que inclui eleitos, cargos de confiança política, gestores de empresas municipais e um vasto rol de colaboradoras e colaboradores que, nas diferentes áreas e serviços municipais, dão o seu melhor para corresponder aos anseios dos cidadãos.

Criar condições, do ponto de vista dos recursos humanos e do ponto de vista organizacional, para concretizar as políticas e iniciativas que se pretende levar a cabo, é um dos desafios maiores com que qualquer gestor se confronta, ao mesmo tempo que se procura contribuir para a realização pessoal e profissional de todos quantos compõem o universo municipal.

Num tempo em que é cada vez mais difícil atrair pessoas para função pública, a Câmara de Braga procurou renovar e reforçar as competências do seu quadro de pessoal, através de inúmeros processos de recrutamento, de ações de formação contínua e de ações de adaptação da orgânica para melhor articular os diferentes setores.

Nos últimos anos, foram contratadas centenas de trabalhadores (reduzindo a média etária, promovendo a igualdade de género e a inclusão e aumentando as qualificações médias), quer para áreas técnicas, quer para serviços indiferenciados, cuja perda de recursos anterior punha em causa a garantia do serviço que se impõe prestar (com especial destaque para as escolas). Entre várias outras áreas, houve um especial reforço da Polícia Municipal (abrindo porta à criação do terceiro turno) e dos Bombeiros Municipais (que passaram a contar com as primeiras mulheres no seu quadro, o mesmo tendo sucedido com as motoristas dos TUB).

Além do investimento em formação para todos os colaboradores foram abertas oportunidades de progressão profissional (algumas congeladas há vários anos), quer através de procedimentos concursais, quer através de mobilidades inter-carreiras, da mesma maneira que se procedeu à integração nos quadros de mais de uma centena de trabalhadores precários.

Em diálogo com as estruturas sindicais, foram negociados e aprovados os primeiros ACEP, bem como implementadas diversas medidas de conciliação familiar.

O Município (tal como as Empresas Municipais) prosseguiu também uma política de qualificação dos espaços de trabalho e de resposta a necessidades específicas (como a recente criação de um espaço de refeições no edifício do Pópulo), ao mesmo tempo que adquiriu e implementou múltiplas ferramentas informáticas que contribuíram para a desmaterialização dos serviços e para o reforço dos seus padrões de qualidade.

Foram também promovidas diversas ações de Team Building setorial, melhorados os serviços de medicina no trabalho, adquiridos equipamentos e fardas necessários ao exercício das diferentes funções, e promovido um Encontro de Colaboradores anual (apenas interrompido no período pandémico).

No plano da interação com os cidadãos e da modernização administrativa, o Balcão Único abriu em 2014, permitindo a centralização de todo o atendimento ao público num único local. Além do espaço físico, foi também feito um forte investimento em equipamento e revistos todos os procedimentos internos de tramitação de processos.

Em 2015, deu-se a abertura do primeiro Espaço Cidadão, no arranque de uma rede de espaços descentralizados pelo Concelho, que reúnem serviços de diferentes entidades (administração central, local e de entidades privadas) num único balcão, cumprindo o objetivo de aproximar os serviços da administração central e local dos cidadãos. Estes espaços estão hoje presentes nas Freguesias de Tadim; Sequeira; Adaúfe; Real, Dume e Semelhe; Sobreposta; Figueiredo; S. Vicente; Gualtar; Palmeira; Nogueiró e Tenões; Arentim e Cunha e, brevemente, em Celeirós, Aveleda e Vimieiro; e Nogueira, Fraião e Lamaçães.

Neste mesmo ano, teve início o processo de Certificação de qualidade do universo municipal, com a certificação do atendimento municipal do Balcão Único, segundo a norma ISO 9001.

A partir de 2017, houve um especial enfoque no processo de desmaterialização no Município, a começar pela entrega digital dos processos do urbanismo.

Seguiu-se a criação do Serviço de Atendimento Telefónico em 2019, a implementação do serviço Call back em 2020, a entrada em funcionamento do Serviço de Atendimento Online em 2020 (particularmente útil no período de pandemia) e o lançamento do Atendimento por Vídeo Chamada em 2021.

Finalmente, vêm sendo disponibilizadas diversas APPs móveis de informação ou interação entre os cidadãos e as diferentes áreas da Autarquia.